Os vistos de entrada do grupo, composto por cerca de 15 motociclistas do grupo 'Lobos da Noite', foram anulados por terem sido obtidos de acordo com falsos pressupostos, disse o Governo de Berlim, que tem o direito de proibir a entrada a todos aqueles que considere serem uma ameaça para a segurança das suas fronteiras.

De acordo com uma declaração dos ministérios do Interior e dos Negócios Estrangeiros enviada à agência Bloomberg, a viagem "não contribui para o objetivo de melhorar as relações entre a Alemanha e a Rússia".

É importante, acrescenta o comunicado, "que o aniversário seja comemorado com dignidade".

Numa reação a estes desenvolvimentos, o líder do grupo afirmou ao site do canal televisivo NTV que os 'Lobos da Noite' mantêm a intenção de fazer a viagem de mota entre Moscovo e Berlim, apesar da proibição de entrarem na Polónia e na Alemanha: "Vamos como tínhamos planeado. Se abandonarmos a nossa viagem, devíamos abandonar também tudo, o 09 de maio, as nossas campas, a nossa história e o nosso passado, devíamos arrumar tudo, bater palmas e rezar ao dólar", disse Aleksandr Zaldostanov, conhecido como 'O cirurgião'.

A viagem tem sido criticada por muitos analistas, principalmente da Europa de Leste, que consideram que a iniciativa, destinada a homenagear a vitória das tropas russas sobre as forças nazis, é uma provocação alimentada pelo Presidente da Rússia, próximo do líder dos 'motards'.

A intenção deste grupo de motociclistas, que fazm parte dos 'Lobos da Noite', o primeiro motoclube russo, criado em 1989 em Moscovo, é repetir o percurso que as forças russas fizeram para derrotar a Alemanha nazi, passando pela Bielorússia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Áustria, e terminando em Berlim, onde planeiam chegar a 9 de maio.

MBA // ATR

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