Apesar dos esforços do Governo de Alexis Tsipras para chegar a um compromisso, os agricultores, em protesto desde meados de janeiro, mantêm a pressão.

Nas últimas três semanas multiplicaram-se os bloqueios de estrada por todo o país e nalguns pontos de passagem nas fronteiras com a Bulgária e a Turquia, permitindo a passagem do tráfego por apenas algumas horas por dia.

"É cansativo, mas não vamos parar. Vamos até ao fim, pelo tempo que for preciso", disse um dos manifestantes, Stergios Litos, à agência grega ANA.

Em causa está a redução do montante máximo mensal das reformas de 2.700 para 2.300 euros e a introdução de uma pensão mínima de 384 por mês.

A reforma das pensões é uma das exigências da 'troika' de credores -- Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional -- como contrapartida do plano de resgate de 86 mil milhões de euros negociado em julho.

Entre outras medidas previstas estão a fusão das caixas de previdência e o aumento das contribuições para a segurança social, tanto dos trabalhadores como das empresas.

Os agricultores protestam também por terem perdido benefícios fiscais e por estar em preparação um aumento da tributação dos rendimentos para 26%.

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