Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average subiu 1,18%, o tecnológico Nasdaq avançou e o alargado S&P500 ganhou 1,26%.

Os investidores estavam à espera, com impaciência, do relatório sobre o mercado de trabalho. Quando este foi divulgado, ficaram a saber que em abril foram criados 175 il postos de trabalho, claramente menos do que os 240 mil que os economistas esperavam.

O documento mostrou ainda que o salário médio aumentou 0,2%, em termos mensais, também abaixo das expectativas, que apontavam para 0,3%. Já em termos anuais, o aumento foi de 3,9%, o ritmo mais fraco desde junho de 2021.

Para Patrick O'Hare, da Briefing.com, este relatório, "nem quente, nem frio", tinha tudo para agradar. "Os números são bons o suficiente para mostrar que a economia continua a crescer", mas também suficientemente moderados "para confortar o presidente da Fed [Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA] na ideia de eu o próximo movimento da taxa [de juro de referência] não vai de alta".

O mercado obrigacionista também saudou as novidades, e o rendimento dos títulos federais a dois anos desceu até aos 4,70%, uma novidade desde há cerca de um mês.

O efeito positivo do relatório combinou-se com os resultados da Apple, que fechou a ganhar 5,98%, divulgados na quinta-feira. Os números do desempenho trimestral desta tecnológica mostraram uma descida, mas saíram acima das previsões dos analistas. "Foi menos mau do que previsto", comentou Patrick O'Hare.

O grupo baseado em Cupertino, no Estado da Califórnia, conseguiu melhorar a sua rentabilidade, graças aos serviços (App Store, Apple Music, iCloud ou Apple TV+), cujas margens são muito importantes.

Para mais, a empresa da maçã anunciou um novo plano de compra de ações próprias, de até 110 mil milhões de dólares, o maior que alguma foi lançado em Wall Street.

A boa sessão da Apple foi também partilhada por outras tecnológicas, como a Nvidia (+3,46%), a Microsoft (+2,22%) e a Meta (+2,33%).

Não obstante, os investidores não viram nas últimas duas sessões sólidas de final de semana a promessa de um arranque forte de Wall Street.

"Penso que vamos ficar em terreno intermédio", especulou Patrick O'Hare, que previu que os índices evoluam em função dos indicadores. "Não é o paraíso, mas também não é o inferno".

RN // RBF

Lusa/fim